computador, esperando a sua boa vontade de ligar enquanto eu descansava a última xícara de café que restava na casa, sobre a mesa. Fumegante e com um aroma de café perfeito. O café havia acabado, nem eu nem meu pai tinhamos a vontade que nos levaria até o mercadinho mais próximo que se encontrava na nossa esquina.
Enquanto meu computador fazia barulhos estranhos, porém conhecidos, eu trouxe as pernas junto ao corpo, evitando que a mínima corrente de ar frio entrasse pelo meu casaco.
Eu era filha de um pai solteiro, que ao contrário de muitos outros não tinha nenhum problema para falar sobre a sua ex-mulher, cuja fugiu com seu irmão mais velho para alguma cidade ao sul do méxico e passava a maioria de tempo gastando dinheiro em botóx.
Ele era um pai magnífico, que fazia mágicas com a nossa renda baixa. Éramos confidentes, irmãos, pai e filha.
Ajeitei-me na cadeira, tentando achar uma posição confortável, esse frio excessivo acabava comigo.
Merda! Merda! Merda! Pulei da cadeira rápido e começei a pular pelo quarto.
A última xícara lendária havia tombado por cima de mim, e cara, aquilo queimava!
Peguei a blusa mais próxima que encontrei e passei por cima, assoprando, como se adiantasse.
Enfim, quando me dei por conta qual blusa eu havia peguedo para secar, eu chinguei interiormente.
- Ótimo, Rebecca. Agora sim você merece um prêmio como desastrada e desatenta do ano. Com que blusa eu vou para escola amanhã? Raios! Argh.
Duas batidas na porta me chamaram a atenção.
Então ela se entre abriu e uma parte da cabeça do meu pai se pôs para dentro, dando um toque cômico para cena.
- Tudo certo? Pensei que alguém havia te raptado, eu vim aqui para ver quanto essa pessoa iria cobrar.
Eu tive que rir.
- Ha, pai já pensou em ser piadista? Minha ironia era bem clara e ele adorava fazer piadas disso.
- Sério? Será que eu teria futuro? Acho que vou tentar, tem um circo aqui perto e...
Eu fechei a porta.
- Sim, pai vai lá. Enquanto eu me mudo, depois eu levo seu nariz de palhaço.
Ele gargalhou.
Troquei de blusa rapidamente e coloquei meu casacão por cima, botas de neve e minha boina.
Adentrei a sala, e peguei minha chave colocando no bolso.
- Vai sair? Disse ele com um pedaço enorme de bolo na boca.
Sorri, indo em direção a porta.
- Sinto lhe dizer, mas nosso café acabou. Vou na cafeteria tomar um café.
Ele balançou a cabeça negativamente.
- Você é o único ser humano em sã consciência que vai ao trabalho em um dia de domingo.
Quase lá fora, eu gritei em resposta.
- Mas eu não estou indo lá para trabalhar, hoje é meu dia de folga, pai.
- Não querida, está indo lá para gastar o dinheiro que você tira de lá.
Eu ri, não havia entendido muito bem, mas devia fazer sentido.
Assoprei minhas mãos, sentindo uma lufada de ar gelado em meu rosto. Enfiei as mãos no bolso e andei cautelosamente pelas tuas congeladas. Digamos que meu equilíbrio não é tão bom a ponto de eu caminhar novamente por essas ruas, nesse tempo.
Impressionante, não consigo não imaginar essa história. É muito longa meu deuso! Não vou escrever, bai :1
terça-feira, 27 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Épico.
Trouxe a xícara de porcelana nova e bem polida até minha boca, para degustar algum tipo de chá de ervas do campo, amenizando a tensão que pairava sobre aquele cômodo. O serviçal mais alto estava parado junto à porta gigantesca de onde se podia escutar os múrmurios de nossa hóspede reclamando sobre o quão apertado seu corpete estava.
- Mal posso eu respirar! - Exclamou ela em um sussurro.
- Encolha a barriga, senhorita! Exigiu a sua serviçal.
Elas andavam sempre juntas e isso me deixava completamente entregado aos nervos por não ter um tempo a sós com ela nesse período curto em que ela estaria acomodada nos aposentos de meu pai.
Foi então que as reclamações cessaram e os passos foram ficando cada vez mais audivéis.
Ela adentrou o recinto com uma graciosidade que se não fosse minha mão agarrada à mesa teria cambaleado de encontro ao chão.
Seus cabelos estavam presos em um coque com mechas que lhe caiam onduladas sobre os seus ombros nus. Seus cílios naturalmente longos que davam ao seu rosto redondo um ar angelical, estavam mais escuros e seus lábios perfeitamente contornados com um batom vermelho sangue, dando contraste com seu sorriso de mil estrelas.
Seu corpo perfeitamente encaixado ao corpete lhe acentuava a cintura, com seu vestido bordado descansado por cima. Ela me deixava louco.
Eu tinha de adimitir que de todas as belas moças da província ela era aquela moçoila com seu andar a passos sublimes e quem havia tomado meu coração.
- Você está divina. - Balbuciei.
Ela sorriu meio anjo, meio diabo.
- Fico muito agradecida com o elogio. - Se curvou em agradecimento e dirigiu-se até a porta, arrastando suavemente seu vestido, com a serviçal impertinente em seu encalçe.
Naquele momento tive a certeza de que um amor platônico nascerá em meu peito.
- Mal posso eu respirar! - Exclamou ela em um sussurro.
- Encolha a barriga, senhorita! Exigiu a sua serviçal.
Elas andavam sempre juntas e isso me deixava completamente entregado aos nervos por não ter um tempo a sós com ela nesse período curto em que ela estaria acomodada nos aposentos de meu pai.
Foi então que as reclamações cessaram e os passos foram ficando cada vez mais audivéis.
Ela adentrou o recinto com uma graciosidade que se não fosse minha mão agarrada à mesa teria cambaleado de encontro ao chão.
Seus cabelos estavam presos em um coque com mechas que lhe caiam onduladas sobre os seus ombros nus. Seus cílios naturalmente longos que davam ao seu rosto redondo um ar angelical, estavam mais escuros e seus lábios perfeitamente contornados com um batom vermelho sangue, dando contraste com seu sorriso de mil estrelas.
Seu corpo perfeitamente encaixado ao corpete lhe acentuava a cintura, com seu vestido bordado descansado por cima. Ela me deixava louco.
Eu tinha de adimitir que de todas as belas moças da província ela era aquela moçoila com seu andar a passos sublimes e quem havia tomado meu coração.
- Você está divina. - Balbuciei.
Ela sorriu meio anjo, meio diabo.
- Fico muito agradecida com o elogio. - Se curvou em agradecimento e dirigiu-se até a porta, arrastando suavemente seu vestido, com a serviçal impertinente em seu encalçe.
Naquele momento tive a certeza de que um amor platônico nascerá em meu peito.
Sabe aquelas coberturas...
... de ricos, onde se encontra o parapeito e um pouco mais a frente metros e metros de altura até chegar ao solo? Eu me encontrava do outro lado da barra de ferro com a pontinha dos pés ao nada.
Minha agonia era birrenta, mas eu não iria me render. Passei as costas da minha mão sob os olhos, limpando as lágrimas que insistiam em cair.
Atrás de mim, sentado casualmente com seu cigarro na boca e rindo, ele me observava.
Sínico, debochado e canalha como sempre.
- Qual é Anne? Já não passamos por isso antes? - Disse ele em um tom de desdém, que me irritou mais do que profundamente.
- Mas, mas dessa vez eu vou me jogar de verdade! - Eu joguei as palavras corridas, tropeçadas uma nas outras, e gaguejei. Meu ponto fraco.
O "porquê" da minha ceninha? Ele estava novamente com ela, rindo com ela, sua mão sobre a dela, brincando com ela.
Porque nesse mundo consumista e cheio de garotas como eu, ele vai querer logo estar com ela?
Rídiculo, falta de senso.
- Adimita, você é bem fútil, compra sempre, tem esse gênio péssimo! Ruim é pouco, e é uma garota com o ego acima de tudo, como eu posso te aguentar?
Ele riu de uma piadinha interior que eu não compreendi, mas não esperava uma resposta. Meu olhar ficou vazio, um buraco se abriu no meu peito e ele pareceu ver a mudança de expressão.
Antes eu apenas brincava em me jogar, mas agora eu tinha motivos.
Ele tinha razão, eu era apenas mais um ser materialista, meu chão caiu, toque de realidade que faltava.
Ele jogou o cigarro no chão e pisou, aproximou-se devagar e encostou as mãos na barra de ferro ao meu lado encarando-me.
- Anne, qual é? Desça logo, vamos!
Eu olhei para baixo, cada vez mais convicta do que eu queria.
Ele pareceu alarmado.
- Anne, não por favor, venha, venha comigo.
Eu continuei sem foco, não prestando atenção nele.
Ele descansou sua mão na minha, chamando minha atenção.
- O que eu falei... não leve a sério. - Pela primeira vez em todos esses anos de confusão, ele parecia-me sincero. Aqueles olhos me hipnotizavam, aquele cabelo propositalmente desajeitado me deixava como louca.
Puxou-me calmamente. Colocou-se diante de mim, com sua mão em meu queixo e seu olhar no meu.
Falou em um sussurro:
- Você sabe que eu te quero, que eu te desejo. Se você não fosse essa menininha linda, tão frágil, tão delicada, meu coração não seria tão seu. Eu quero te cuidar, cada segundo que eu viver. Eu quero suas birras só para mim. Esses seus olhos tão profundos que guardam muito mais do que cartões de créditos, eu os quero. Então saiba, Anne, que não me importa mais ninguém, além de você.
Ele suspirou e aproximou minha boca de seus lábios puxando-me delicadamente pelo queixo.
O amor que antes eu sentia, explodiu em meu peito, tornando tudo muito caótico ali dentro.
Eu não queria estar longe dele, eu não queria ninguém além dele.
Eu não PRECISAVA de outros lábios que não fossem os dele, e ele era inteiramente meu.
Minha agonia era birrenta, mas eu não iria me render. Passei as costas da minha mão sob os olhos, limpando as lágrimas que insistiam em cair.
Atrás de mim, sentado casualmente com seu cigarro na boca e rindo, ele me observava.
Sínico, debochado e canalha como sempre.
- Qual é Anne? Já não passamos por isso antes? - Disse ele em um tom de desdém, que me irritou mais do que profundamente.
- Mas, mas dessa vez eu vou me jogar de verdade! - Eu joguei as palavras corridas, tropeçadas uma nas outras, e gaguejei. Meu ponto fraco.
O "porquê" da minha ceninha? Ele estava novamente com ela, rindo com ela, sua mão sobre a dela, brincando com ela.
Porque nesse mundo consumista e cheio de garotas como eu, ele vai querer logo estar com ela?
Rídiculo, falta de senso.
- Adimita, você é bem fútil, compra sempre, tem esse gênio péssimo! Ruim é pouco, e é uma garota com o ego acima de tudo, como eu posso te aguentar?
Ele riu de uma piadinha interior que eu não compreendi, mas não esperava uma resposta. Meu olhar ficou vazio, um buraco se abriu no meu peito e ele pareceu ver a mudança de expressão.
Antes eu apenas brincava em me jogar, mas agora eu tinha motivos.
Ele tinha razão, eu era apenas mais um ser materialista, meu chão caiu, toque de realidade que faltava.
Ele jogou o cigarro no chão e pisou, aproximou-se devagar e encostou as mãos na barra de ferro ao meu lado encarando-me.
- Anne, qual é? Desça logo, vamos!
Eu olhei para baixo, cada vez mais convicta do que eu queria.
Ele pareceu alarmado.
- Anne, não por favor, venha, venha comigo.
Eu continuei sem foco, não prestando atenção nele.
Ele descansou sua mão na minha, chamando minha atenção.
- O que eu falei... não leve a sério. - Pela primeira vez em todos esses anos de confusão, ele parecia-me sincero. Aqueles olhos me hipnotizavam, aquele cabelo propositalmente desajeitado me deixava como louca.
Puxou-me calmamente. Colocou-se diante de mim, com sua mão em meu queixo e seu olhar no meu.
Falou em um sussurro:
- Você sabe que eu te quero, que eu te desejo. Se você não fosse essa menininha linda, tão frágil, tão delicada, meu coração não seria tão seu. Eu quero te cuidar, cada segundo que eu viver. Eu quero suas birras só para mim. Esses seus olhos tão profundos que guardam muito mais do que cartões de créditos, eu os quero. Então saiba, Anne, que não me importa mais ninguém, além de você.
Ele suspirou e aproximou minha boca de seus lábios puxando-me delicadamente pelo queixo.
O amor que antes eu sentia, explodiu em meu peito, tornando tudo muito caótico ali dentro.
Eu não queria estar longe dele, eu não queria ninguém além dele.
Eu não PRECISAVA de outros lábios que não fossem os dele, e ele era inteiramente meu.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
As pessoas erram quando dizem que...
... O tempo cura tudo.
O Tempo não cura uma perda, ele ameniza aquela dor inconcebível do começo. Você olha para trás, e te invade uma sensação de arrependimento. Nem que seja aquele arrependimento de não ter abraçado suficiente, de não ter feito essa pessoa tão feliz.
Pode se passar anos e anos, e de repente uma mulher com um casaco claro passa na rua e você lembra da cor dos olhos daquela pessoa perdida, afastada.
Você começa a lembrar em pequenos gestos o que ela fazia, em pequenos timbres a sua voz.
E de repente você se encontra em um buraco igual ao do dia da perda.
Em primeiro sua mente diz a si mesmo que essa pessoa não se foi por completo, esta apenas fazendo uma viajem divertida, é porque ainda a sentimos junto a nós, e demora para percebermos que ela não estará mais ali.
Eu nunca agradeci o suficiente por tudo que "ela" fez para mim, e nunca dei a certeza do meu amor .
Deixar isso se repetir com outro alguém seria burrice, tolice. Mostrar seu amor do jeito certo nunca é demais.
E se eu pudesse pelo menos uma última vez agradecer eu não desperdiçaria de jeito algum, mas agora só posso dizer QUE SINTO SUA FALTA, PRA SEMPRE ASSIM.
O Tempo não cura uma perda, ele ameniza aquela dor inconcebível do começo. Você olha para trás, e te invade uma sensação de arrependimento. Nem que seja aquele arrependimento de não ter abraçado suficiente, de não ter feito essa pessoa tão feliz.
Pode se passar anos e anos, e de repente uma mulher com um casaco claro passa na rua e você lembra da cor dos olhos daquela pessoa perdida, afastada.
Você começa a lembrar em pequenos gestos o que ela fazia, em pequenos timbres a sua voz.
E de repente você se encontra em um buraco igual ao do dia da perda.
Em primeiro sua mente diz a si mesmo que essa pessoa não se foi por completo, esta apenas fazendo uma viajem divertida, é porque ainda a sentimos junto a nós, e demora para percebermos que ela não estará mais ali.
Eu nunca agradeci o suficiente por tudo que "ela" fez para mim, e nunca dei a certeza do meu amor .
Deixar isso se repetir com outro alguém seria burrice, tolice. Mostrar seu amor do jeito certo nunca é demais.
E se eu pudesse pelo menos uma última vez agradecer eu não desperdiçaria de jeito algum, mas agora só posso dizer QUE SINTO SUA FALTA, PRA SEMPRE ASSIM.
Surto de Realidade.
Sentada aqui, deslizando meus dedos pelo teclado com certa grosseria e escutando a música repetidas vezes eu acabo de percerber a realidade. O lado real.
Uma garota que antes eu julgava de um modo indiferente agora me fez ver tantas coisas. Como por exemplo, ela.
Ela é forte quando precisa, mas lá no fundo ela sente uma vontade de ter alguém para escutar. Tem algo mais injusto nesse mundo do que sofrer sozinha?
Ela precisa do seu tempo e ela aprende nos erros. Ela é meiga e ao mesmo tempo rude. Ela é doce, mas sabe também (em horas certas) ser muito amarga.
Ela é uma criança muito adulta, e sabe lidar direito com as coisas. Tem seus momentos de confusão e de raiva, mas não perde a essência que a define.
Depois de parar um tempo e observar que aquela garota que não fazia diferença para mim eu realmente percebi o quanto humano os outros são, e que não sou só eu que sinto as coisas.
Ela me ensinou a escutar, e me ensinou ver coisas de diferentes ângulos. É por isso que eu, do fundo do meu coração e de todos os sentimentos que eu tenho, venho agradecer sinceramente essa diferença que ela fez.
E deixar consciente que sempre vai ter alguém do seu lado. Você pode se sentir sozinha, mas estar você nunca vai estar.
Espero de uma maneira ou de outra poder retribuir tudo isso. Um simples OBRIGADO, é pouco para mim.
Te desejo momentos felizes para se aproveitar e ruins para se aprender, eu sei que você consegue, eu acredito plenamente em ti.
Como você sempre me diz: "I love you", agora eu digo : "I love you too" ♥
Don't you believe girl? You'll change the world! *-*
Uma garota que antes eu julgava de um modo indiferente agora me fez ver tantas coisas. Como por exemplo, ela.
Ela é forte quando precisa, mas lá no fundo ela sente uma vontade de ter alguém para escutar. Tem algo mais injusto nesse mundo do que sofrer sozinha?
Ela precisa do seu tempo e ela aprende nos erros. Ela é meiga e ao mesmo tempo rude. Ela é doce, mas sabe também (em horas certas) ser muito amarga.
Ela é uma criança muito adulta, e sabe lidar direito com as coisas. Tem seus momentos de confusão e de raiva, mas não perde a essência que a define.
Depois de parar um tempo e observar que aquela garota que não fazia diferença para mim eu realmente percebi o quanto humano os outros são, e que não sou só eu que sinto as coisas.
Ela me ensinou a escutar, e me ensinou ver coisas de diferentes ângulos. É por isso que eu, do fundo do meu coração e de todos os sentimentos que eu tenho, venho agradecer sinceramente essa diferença que ela fez.
E deixar consciente que sempre vai ter alguém do seu lado. Você pode se sentir sozinha, mas estar você nunca vai estar.
Espero de uma maneira ou de outra poder retribuir tudo isso. Um simples OBRIGADO, é pouco para mim.
Te desejo momentos felizes para se aproveitar e ruins para se aprender, eu sei que você consegue, eu acredito plenamente em ti.
Como você sempre me diz: "I love you", agora eu digo : "I love you too" ♥
Don't you believe girl? You'll change the world! *-*
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Escolher.
Ele havia me chamado para uma conversa, aquela que eu achava que iria ser definitiva. Em alguma parte do meu subconsciente dizia para não ir até lá. Até o lugar onde tudo começou. E eu não queria ir. Eu gostava do jeito que tinha acabado, do final que eu achava que tinha dado.
Eu me encontrava novamente naquela pequena cabana abafada no topo da colina.
Ela estava abandonada a muito tempo e ninguém (além de nós) vinha ali. Balançei a cabeça tentando afastar a lembraça do dia em que tudo foi mais perfeito. Patética, afastando memórias que me faziam bem, mas era bem melhor assim do que me afundar na ilusão de que aquela brincadeira de verdades poderia continuar.
Afastei a porta em condições deploráveis e entrei.
Ele se encontrava sentado em uma cadeira velha perto da lareira onde mal havia fogo.
Sem dizer nenhuma palavra me sentei em uma poltrona que soltava pó a qualquer pequeno movimento perto da janela, observando os pingos da chuva que tentavam ultrapassar o vidro.
Ele esperava eu falar alguma coisa, e eu fazia o mesmo em respeito a ele, mas desse jeito nada seria dito.
Mas antes que eu pronunciasse algo ele virou a cadeira em minha direção, eu não tive coragem de olhar.
- Você sabe que não ama ele.
Eu respirei fundo e girei o corpo.
- Sei?
- Sabe, só não quer ser convencida disso. Você sabe que quem realmente quer sou eu, só tem medo de adimitir isso.
Irritante quando ele tinha razão, mas o que eu poderia fazer? Mesmo que cada célula do meu corpo, mesmo que cada pensamento meu fosse direcionado para ele eu não tinha coragem de trocar o certo pelo duvidoso.
Ele continuou falando sem se importar de não ter uma resposta.
- Você tem medo porque eu sou diferente, não sou um cachorrinho mandado como ele.
- Cale a boca. - Cerrei os dentes. Ele era irritante, e mesmo assim eu o desejava.
Respirei fundo, deixando o ar abafado me invadir. Talvez fosse melhor ir embora dali, ficar longe dele. Talvez...
Eu iria dar um fim nessa situação enquanto me restava coragem.
Me virei para levantar, sem mais nem menos, em um movimento ele tinha as mãos em minha cintura e sua testa na minha, eu sentia sua respiração úmida bater no meu rosto, com os olhos fechados e seu corpo junto ao meu ele falava lentamente.
- Você é o amor da minha vida.
Eu congelei, ele nunca havia falado assim. Meu coração acelerou, apenas escutando o som da sua voz.
Ele passou os lábios pelos meus devagar.
- ... E eu sou o amor da sua, porfavor, aceite isso.
Eu era fraca, patética e completamente apaixonada. Não havia saída, eu era egoísta e queria ter os dois para mim.
Respirei fundo e puxei seu rosto de encontro ao meu, me perdendo naqueles lábios que eu não teria coragem de deixar. Ele me manipulava e sabia disso. Eu o amava, e isso ele também sabia.
E a partir daquele beijo, nós estaríamos repetindo aquele dia.
Eu me encontrava novamente naquela pequena cabana abafada no topo da colina.
Ela estava abandonada a muito tempo e ninguém (além de nós) vinha ali. Balançei a cabeça tentando afastar a lembraça do dia em que tudo foi mais perfeito. Patética, afastando memórias que me faziam bem, mas era bem melhor assim do que me afundar na ilusão de que aquela brincadeira de verdades poderia continuar.
Afastei a porta em condições deploráveis e entrei.
Ele se encontrava sentado em uma cadeira velha perto da lareira onde mal havia fogo.
Sem dizer nenhuma palavra me sentei em uma poltrona que soltava pó a qualquer pequeno movimento perto da janela, observando os pingos da chuva que tentavam ultrapassar o vidro.
Ele esperava eu falar alguma coisa, e eu fazia o mesmo em respeito a ele, mas desse jeito nada seria dito.
Mas antes que eu pronunciasse algo ele virou a cadeira em minha direção, eu não tive coragem de olhar.
- Você sabe que não ama ele.
Eu respirei fundo e girei o corpo.
- Sei?
- Sabe, só não quer ser convencida disso. Você sabe que quem realmente quer sou eu, só tem medo de adimitir isso.
Irritante quando ele tinha razão, mas o que eu poderia fazer? Mesmo que cada célula do meu corpo, mesmo que cada pensamento meu fosse direcionado para ele eu não tinha coragem de trocar o certo pelo duvidoso.
Ele continuou falando sem se importar de não ter uma resposta.
- Você tem medo porque eu sou diferente, não sou um cachorrinho mandado como ele.
- Cale a boca. - Cerrei os dentes. Ele era irritante, e mesmo assim eu o desejava.
Respirei fundo, deixando o ar abafado me invadir. Talvez fosse melhor ir embora dali, ficar longe dele. Talvez...
Eu iria dar um fim nessa situação enquanto me restava coragem.
Me virei para levantar, sem mais nem menos, em um movimento ele tinha as mãos em minha cintura e sua testa na minha, eu sentia sua respiração úmida bater no meu rosto, com os olhos fechados e seu corpo junto ao meu ele falava lentamente.
- Você é o amor da minha vida.
Eu congelei, ele nunca havia falado assim. Meu coração acelerou, apenas escutando o som da sua voz.
Ele passou os lábios pelos meus devagar.
- ... E eu sou o amor da sua, porfavor, aceite isso.
Eu era fraca, patética e completamente apaixonada. Não havia saída, eu era egoísta e queria ter os dois para mim.
Respirei fundo e puxei seu rosto de encontro ao meu, me perdendo naqueles lábios que eu não teria coragem de deixar. Ele me manipulava e sabia disso. Eu o amava, e isso ele também sabia.
E a partir daquele beijo, nós estaríamos repetindo aquele dia.
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