terça-feira, 6 de outubro de 2009

Amizade.

Então, caminhavamos a passos largos com a brisa acompanhando, rindo como todos os dias.
Juntas nós formavamos uma só, e uma completava a outra.
A amizade verdadeira sempre foi assim, aquele amor sincero que todos procuram e que estão tão cegos que não enxergam que esta bem ali, junto a ti.
Ela ria das minhas piadas, e eu ria do riso dela, o riso contagioso que me fazia querer rolar no chão.
Seu braço estava enganchado com o meu, e andavamos sincronizadas pisando na areia de fim de tarde.
Não precisavamos de um motivo concreto para rir, quando estavamos uma com a outra o mundo parecia mais engraçado.
E ela sabia, o quanto era importante para mim, o quanto ainda é. Não é do meu feitio ficar o tempo todo dizendo o quanto ela me importava, e que sem ela nada faria sentido, tudo perderia a graça.
Ela acreditava em mim como ninguém, e ela me passava a maior força que eu continha.

- Você pode ser qualquer coisa que quiser, você pode chegar o quão longe quiser!
Ela completou com uma risada. Eu sorri ternamente, falando devagar.

- Se for para eu ir sozinha, não quero nada disso.

Paramos de caminhar, mas continuamos segurando as mãos e olhando uma para outra.
- Obrigada.
- Obrigada você -
disse ela sinceramente.
Então encaixamos naquele abraço bom, sincero, verdadeiro e cheio de compreensão.
Todos nós precisamos de algum confidente, alguém que sinta o mesmo que nós, alguém para confiar os sentimentos mais estranhos que sentimos.
O que seria de mim sem ela?